Lição 11 dos Adolescentes 13 de março de 2010
Texto Bíblico: Atos 17:1-34; 18:1-18.
Comentário: Atos dos Apóstolos, capítulos 22, 23 e 24.
Verso Bíblico: Efésios 4:13-15.
I. SINOPSE
O chamado para levar as boas-novas do perdão de Deus e do dom da salvação é pessoal (Isaías 6:1-9). Há dois mil anos, recebemos a Grande Comissão de pregar o evangelho a todos os povos e fazer discípulos em todas as nações ao redor do mundo. Esse “mundo” não se trata de um lugar selvagem em meio à Floresta Amazônica, mas de nossa vizinhança, nossa escola, nosso local de trabalho, nossos amigos e familiares. Trata-se também de um mundo em que metade da população vive em áreas urbanas, segundo os dados de 2009, e que até 2050 terá 70% de seus habitantes morando em cidades.
As palavras de Ellen White são tão relevantes hoje quanto na época em que foram escritas: “Os gregos buscavam a sabedoria, mas a mensagem da cruz era para eles loucura, porquanto valorizavam sua própria sabedoria mais que a sabedoria que vem do alto.” – Atos dos Apóstolos, p. 240. Isso nos faz pensar de que maneira poderemos pregar o evangelho num mundo que se torna cada dia mais urbanizado e imerso no orgulho gerado pelo excesso de informações, pela tecnologia e pelos avanços na medicina.
Nossa juventude está inserida numa cultura que promove a idéia de viver e acreditar em qualquer coisa, desde que você se sinta bem. A verdade se tornou relativa. Por essa razão, ensinar nossos filhos a crer nas coisas certas não será o suficiente para capacitá-los a permanecerem firmes e a fazerem as escolhas certas. É muito importante que adquiram desde cedo habilidades que os capacitarão a permanecerem fiéis à Palavra de Deus. Isso os fortalecerá espiritual, moral e emocionalmente
para não se deixarem abalar por um mundo em que as filosofias pluralistas e relativistas tentam influenciá-los de todas as formas. Ellen White enfatizou: “Os mensageiros da cruz devem armar-se de vigilância e oração, avançando com fé e ânimo, trabalhando sempre no nome de Jesus.” – Atos dos Apóstolos, p. 230. Nossa juventude precisa convencer-se a tal ponto da verdade que decida tomar uma posição firme a despeito das consequências.
Nessa época de solidão e desespero, recebemos um dom muito precioso – a responsabilidade dada por Deus de permanecermos irredutíveis e continuar partilhando a mensagem de libertação e vida em abundância a um mundo sedento de amor e esperança.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Uma Ponte Para a História
Comente com os alunos em suas próprias palavras: Os seguidores de Cristo crêem que a Bíblia é muito mais do que apenas um livro. O povo de Deus valoriza o poder revelado em Sua Palavra. Cremos que a Palavra de Deus não serve apenas para contestar a visão de mundo dos não cristãos, mas para avaliarmos nosso próprio ponto de vista.
Se você quisesse ler a Bíblia neste instante, qual o lugar mais próximo para conseguir um exemplar? Em sua casa? Na cabeceira de sua cama? Em sua mochila? Em muitos países, é muito fácil conseguir uma Bíblia. No entanto, há lugares em que os cristãos têm muita dificuldade de conseguir um exemplar.
Muitas vezes são obrigados a viajar longas distâncias para estudar a Palavra de Deus ou enfrentar duras perseguições se forem encontrados carregando uma Bíblia nos braços. Em tais lugares, as pessoas valorizam a Bíblia e valorizam cada oportunidade que aparece de estudá-la.
Quão importante é a Bíblia para você? Se tivesse que caminhar uma hora para ter a oportunidade de estudar a Bíblia, você o faria?
Aplicando a História
(Para Professores)
Após ler com seus alunos a seção Estudando a História, use as perguntas a seguir, em suas próprias palavras, para discutir com eles.
Circule as cidades mencionadas na história.
O que aconteceu em cada lugar?
Em todos os lugares, Paulo pregou a Palavra de Deus para quem quisesse ouvir, com muito entusiasmo e coragem. Entretanto, atingiu níveis diferentes de sucesso. O que podemos aprender com isso?
Os habitantes de Atenas não eram ignorantes. Pelo contrário, valorizavam a busca pelo conhecimento. “Não se preocupavam com outra coisa senão falar ou ouvir as últimas novidades.” Atos 17:21. Por que, então, rejeitaram a verdade revelada por Paulo? O que suas ações mostraram a respeito de suas crenças e valores?
Que lições podemos aprender com esta história e aplicar em nossa vida?
Utilize as passagens a seguir como fontes alternativas relacionadas à lição desta semana: Marcos 16:15. Deus encarregou todos os que ouviram ou leram a ordem de “pregar o evangelho” a levar outras pessoas aos pés do Salvador. O que significa “pregar o evangelho”? Mateus 7:24-26. Na história do prudente e do insensato, Cristo utilizou a analogia de construir casas para descrever duas categorias de pessoas. A princípio, as “casas” podem parecer iguais, mas sem o alicerce certo (Tiago
3:13-17), o fim será desastroso. Um bom alicerce é construído pela obediência diária à vontade de Deus (Salmo 111:10), pelo serviço, pelo estudo da Bíblia e pela oração. Em que tipo de alicerce você está construindo a sua “casa”?
Apresentando o Contexto e o Cenário
Use as informações a seguir para elucidar alguns aspectos da história para seus alunos. Explique em suas próprias palavras.
1. Tessalônica, Bereia e Atenas. Tessalônica era uma das cidades mais ricas e influentes da Macedônia. Atenas era o centro da cultura, da filosofia e da educação grega. De acordo com o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, Bereia era uma “cidade macedônica aproximadamente a oitenta quilômetros
ao sudoeste de Tessalônica. A força comercial dessa cidade era bem menor do que de Tessalônica”. Há alguma semelhança entre a recepção da pregação de Paulo e da recepção da Palavra de Deus hoje nas grandes cidades?
2. Os Estóicos e os Epicureus. Os filósofos estóicos valorizavam a lógica acima das emoções e, como resultado, tentavam obter uma harmonia de vida reprimindo o desejo pelo prazer. Por outro lado, os filósofos epicureus valorizavam a busca pela felicidade ou pelo prazer como o objetivo principal da vida. Quais os valores de Cristo e de que maneira foram refletidos em Suas ações enquanto esteve aqui na Terra?
3. “Podemos saber”? O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia traz informações a respeito dessa pergunta: “a expressão idiomática, que poderia ser traduzida como: ‘É possível sabermos?’ – uma pergunta que pode ter sido feita com cordialidade, sarcasmo ou ironia. Os epicureus e os estóicos não duvidavam de sua capacidade de compreender tudo o que Paulo estava dizendo, mas estavam claramente ansiosos para ouvir a respeito daquele ensino estranho” (v. 6, p. 349). Quais são as suas crenças ou noções a respeito de Deus e da Bíblia? Elas proveem de boatos ou do estudo pessoal, diligente e humilde da Palavra de Deus?
4. Dionísio, Dâmaris e outros. Apesar de a maioria da população de Atenas não aceitar as palavras de Paulo, houve um pequeno grupo que creu em sua mensagem. Como resultado, fundou-se uma igreja. O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia sugere que a igreja mencionada em 2 Coríntios 1:1 (“Todos os santos de toda a Acaia”) seja o resultado da conversão de Dionísio, de Dâmaris e outros.
Com base nisso, o que podemos deduzir a respeito dos planos de Deus?
Resumo
Compartilhe os seguintes pensamentos, usando suas próprias palavras: Quando não há critérios estabelecidos, todo mundo pensa que está com a razão, o que pode levar a vários desentendimentos e discussões. É difícil traçar comparações a menos que haja um critério de comparação. A Bíblia é o critério para avaliar a vida do cristão.
Ao comparar-nos com a lei de Deus, com Deus e com Cristo, percebemos que ninguém está à altura. Nenhum de nós é capaz de atingir por si mesmo esses critérios. A Bíblia é o critério pelo qual devemos basear nossa vida. Mas, para vivermos de acordo com ela, precisamos conhecer os critérios apresentados por ela pessoalmente. Precisamos olhar para Cristo, ler Sua Palavra e estudar a verdade por nós mesmos, não simplesmente apoiar-nos naquilo que escutamos da boca de outros.
Não importa nossa condição, Jesus já Se prontificou em ser a Ponte que nos leva a Deus a fim de sermos aceitos por Ele de acordo com os critérios de Sua justiça.
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