Lição 11 dos Adolescentes 12 de junho de 2010
Texto Bíblico: Apocalipse 1:9
Comentário: Atos dos Apóstolos, capítulo 56.
Verso Bíblico: Apocalipse 1:9.
I. SINOPSE
Perseguição. Até mesmo a palavra causa desconforto aos fiéis de todos os credos – e os cristãos não ficam de fora. Não somos masoquistas. Não temos prazer em sentir dor. Entretanto, nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, afirmou: “Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes Me odiou” (João 15:18). O apóstolo João estava ciente de que sua fé em Jesus resultaria em conflito com os líderes judeus e as autoridades romanas. Ele viu os fiéis sendo assassinados e presenciou a execução de seu irmão, Tiago, em 44 d.C. Mesmo assim, João não tinha a menor dúvida de seu amor a Deus e à Verdade. Suas pregações e milagres evocaram a ira do imperador romano Domiciano, que primeiro tentou matar o apóstolo jogando-o num caldeirão de óleo fervente antes de exilá-lo na ilha de Patmos. Muitos anos antes disso acontecer, João e seu irmão, Tiago, asseguraram ao Salvador que estavam dispostos a beber do cálice que Jesus beberia (Mateus 20:22). Na ocasião, João não imaginava que o cálice de Jesus representava tantas difi culdades e perseguições. Geralmente, o Senhor conduz as coisas de tal forma que o mal que o ser humano intenta causar acaba exaltando e glorificando Seu santo nome – e foi exatamente isso que aconteceu na ocasião em que João foi perseguido. Os alunos precisam saber que não devem temer a perseguição. Em meio à grande prova de fé ao ser julgado e sentenciado ao exílio numa ilha no Mar Egeu, Deus falou a João e mostrou-lhe a revelação de Jesus Cristo, os eventos que aconteceriam no final deste mundo e a gloriosa volta de nosso Salvador. Em sua velhice, João retornou da ilha de Patmos com sua fé e testemunho fortalecidos. Ele usou sua experiência para continuar a edificar a fé cristã. João foi uma fiel testemunha até a morte – que ocorreu por causas naturais. Não sabemos se pereceremos durante uma perseguição ou não, mas podemos estar certos de que Deus nos concederá a graça necessária para enfrentarmos as provações.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Uma Ponte Para a História
Comente com os alunos em suas próprias palavras: Tristes relatos como o descrito acima estão se tornando cada vez mais frequentes. Alguns acreditam que os seres humanos estão evoluindo para um estado mais elevado e iluminado, mas isso não condiz com a realidade, especialmente diante do ódio e da intolerância às diferenças religiosas presentes no mundo atualmente. De que maneira nós, cristãos, devemos encarar essa onda de oposição e o terror da agressão física? Como devemos reagir? Devemos “dar a outra face” e fingir que não fomos prejudicados? De que forma Deus Se relaciona conosco ao enfrentarmos tais situações? Essas são algumas das perguntas para as quais muitos cristãos gostariam de saber a resposta e a lição desta semana nos oferece um estudo de caso com o qual podemos aprender muito.
Apresentando o Contexto e o Cenário
Use as informações a seguir para elucidar alguns aspectos da história para seus alunos. Explique em suas próprias palavras. 1. O Homem que Exilou João. Seu nome era Tito Flávio Domiciano. Ele nasceu em 24 de outubro de 51 d.C. Assim como muitos outros imperadores romanos, Domiciano era muito inseguro, o que o levou a agir com tremenda violência e brutalidade. Domiciano não confiava em ninguém. Alguns historiadores relatam que cada cômodo de seu palácio era equipado com espelhos para que pudesse ver quem estava à sua volta o tempo todo. Nas questões políticas, Domiciano exigia estrita lealdade do Senado romano, executando os membros que discordavam dele. Insistia em ser chamado de Dominus et Deum (Senhor e Deus). A pequena seita cristã em Roma começou a sofrer perseguições durante o governo do imperador Nero em 64 d.C. Muitos suspeitaram que o incêndio que destruiu quase três quartos da cidade de Roma foi causado pelo próprio imperador Nero por puro prazer. Para desviar a atenção de seus acusadores, Nero começou a perseguir os cristãos, torturandoos até entregar os amigos e assassinando milhares das formas mais terríveis que alguém possa imaginar. O apóstolo Paulo morreu como resultado dessa perseguição. Duas décadas mais tarde, o imperador Domiciano tentou matar outra testemunha poderosa – João. Muitos estudiosos acreditam que foi durante o reinado de Domiciano – 85-96 d.C. – que João escreveu o livro de Apocalipse, segundo as visões que recebeu de Deus.
2. Perante o Imperador. Ellen White descreveu a cena do julgamento de João perante o imperador com as seguintes palavras: “João foi por conseguinte convocado a Roma para ser julgado por sua fé. Aqui perante as autoridades, as doutrinas do apóstolo foram deturpadas. Falsas testemunhas acusaram-no de ensinar sediciosas heresias. Por essas acusações esperavam seus inimigos levar em breve o discípulo à morte. “João respondeu por si de maneira clara e convincente, e com tal simplicidade e candura que suas palavras tiveram efeito poderoso. Seus ouvintes ficaram atônitos com sua sabedoria e eloquência. Porém, quanto mais convincente seu testemunho, mais profundo era o ódio de seus opositores. O imperador Domiciano estava cheio de ira. Não podia contrafazer as razões do fiel advogado de Cristo, nem disputar o poder que lhe acompanhava a exposição da verdade; determinou, contudo, fazer silenciar sua voz. “João foi lançado dentro de um caldeirão de óleo fervente; mas o Senhor preservou a vida de Seu fiel servo, da mesma maneira como preservara a dos três hebreus na fornalha ardente.” – Atos dos Apóstolos, p. 569, 570. O servo de Deus não esmoreceu nem por um instante sob a pressão do imperador romano. João nunca abandonou sua fé, e a demonstração do poder de Deus na vida desse apóstolo ao protegê-lo de perecer no caldeirão de óleo fervente significou um golpe para o coração orgulhoso do imperador. Ele ordenou que o apóstolo fosse tirado do caldeirão e mais tarde o exilou na ilha de Patmos. Se Deus pôde proteger esse servo em tais circunstâncias, sem dúvida também pode fazer
o mesmo por nós.
Resumo
Compartilhe os seguintes pensamentos, usando suas próprias palavras: A lição desta semana nos mostra que não nos tornamos cristãos do dia para a noite. As provações são instrumentos de Deus para aperfeiçoar nosso caráter e nos atrair para mais perto dEle. João testemunhou muitas vezes isso ao longo de sua vida. Seu irmão, Tiago, foi decapitado em 44 d.C. Filipe foi torturado na Frígia, lançado na prisão e mais tarde crucificado em 54 d.C. Mateus foi morto com uma alabarda (arma antiga) em 60 d.C. Tiago, o menor, irmão de Jesus e autor do livro de Tiago, foi apedrejado pelos judeus até a morte, aos 94 anos. A lista não para por aí... João sabia que sua vida corria perigo, mesmo assim permaneceu fiel a Deus. Como podemos permanecer fiéis em meio à adversidade? A vida de João responde a essa pergunta: Ele entregou sua vida a Jesus. Para João, o sacrifício do Filho de Deus foi tão precioso que considerou uma verdadeira honra partilhar dos sofrimentos de Cristo. Não devemos nos preocupar quanto à questão se seremos capazes de permanecermos fiéis em provações semelhantes. Nossa única responsabilidade é sermos fiéis a Deus todos os dias e confiarmos nEle para suprir cada uma de nossas necessidades no momento da provação. Se permanecermos fiéis, nós também, assim como João, receberemos novas revelações de Jesus Cristo em nossa vida.
Dicas Para um Ensino de Primeira Linha
Simplifique
Há muitos temas que podem ser abordados ao estudar uma lição como a desta semana.
Porém, certamente não há tempo suficiente para discutir todos eles. Um dos segredos da arte de ensinar que fez de Jesus um professor tão eficaz foi Sua simplicidade. Jesus conhecia as pessoas comuns – a forma como andavam, pensavam e assim por diante. Importou-Se em observá-las e relacionar-Se com elas. Jesus fazia questão de ensinar as verdades preciosas do Reino de Deus de maneira simples e prática, que pudessem ser aplicadas a algum desafio real que Seus alunos estavam enfrentando ou viriam a enfrentar no futuro. Ele utilizava palavras simples e do cotidiano para transmitir Suas mensagens.
Muitos ouvintes de Jesus não compreendiam a profundidade de Seus ensinamentos, mas saíam com mais do que o suficiente para interessar-se em estudar mais. Ao ensinar a lição desta semana, pense em algumas coisas do mundo dos adolescentes que podem ser utilizadas para criar parábolas da vida moderna com o objetivo de transmitir a mensagem dessa lição. Qual linguagem simplificará ao máximo a mensagem a ser ensinada? Peça a Deus que lhe conceda o dom da simplicidade que Jesus tinha ao ensinar.
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