Quero agradecer os vários emails que tenho recebido e o carinho de todos que me visitam. Criei esse blog com o único objetivo de trocar ideias no trabalho com crianças na igreja. Também posto as lições de cada trimestre, que retiro do site http://www.advir.com/criancas/ onde baixo todos os auxiliares. Por isso não vejo a necessidade de colocar aqui, todas as partes de cada lição. Até quando puder continuarei postando apenas as histórias das lições, que estão nos auxiliares. Além de atividades e outras coisas mais. Espero estar ajudando e gostaria também de receber ideias novas. E assim continuar com esse site, que considero um trabalho na obra de Deus. Um grande abraço. Malu

sexta-feira, 11 de março de 2011

Roubo de Identidade

Lição 11 dos Adolescentes  12 de março de 2011

I. SINOPSE
Esta história é o primeiro caso documentado de roubo de identidade. Na época desta história, Isaque tinha cerca de 138 anos de idade. Sabendo que sua vida estava quase no fim, chamou seu filho mais velho, Esaú, a fim de transferir uma bênção para ele. Na cultura antiga, o filho que nascia primeiro recebia uma porção dobrada da bênção, porque era sua responsabilidade cuidar da família após a morte do pai. Desejando essa bênção, Jacó tramou com sua mãe, Rebeca, o roubo da identidade de seu irmão. Uma série de temas se evidenciam nesta história, que são particularmente relevantes para os jovens de hoje. Em primeiro
lugar, há o tema da identidade. Quando Satanás tentou Jesus no deserto (Mateus 4:1-11), foi nesse ponto que Satanás tentou enganar Jesus: “Se você é o Filho de Deus” (versos 3 e 6). Mas Jesus deixou claro que Ele sabia quem Ele era e não havia razão para provar isso. Ainda hoje, Satanás é mestre em roubar identidade espiritual.
Um outro tema desta história trata do adiamento da recompensa. Se Jacó tivesse concordado que Deus cumpriria a promessa do direito de primogenitura, ele teria se poupado de um sofrimento imensurável. Lamentavelmente, ele não conseguiu esperar e, por isso, viveu de acordo com seu nome: “o enganador”.
Um último tema que está embutido neste texto trata da questão da integridade. Entre Jacó e Rebeca, há muito para se discutir quanto à honestidade e o papel que essa virtude deve exercer na vida do cristão.
Um meio que talvez você queira usar para abordar esses temas é através da perspectiva da dinâmica familiar. Se os alunos acreditam que suas famílias são desestruturadas, em vários aspectos elas não são muito diferentes das famílias de antigamente.


II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Uma Ponte Para a História
A lição de hoje apresenta o primeiro caso documentado de roubo de identidade. Jacó roubou a identidade de Esaú, e as consequências foram graves: perdeu a bênção que Deus tinha em mente para ele, angustiou-se por mais de 20 anos por causa do seu pecado e destruiu uma família que já era bastante desestruturada.
O diabo adoraria destruir sua identidade da mesma forma. Para que você não confietotalmente em Deus, o diabo espera sabotar sua alma, levando-o a fazer concessões. O diabo o convida a tomar um atalho em vez de esperar em Deus. Ele quer que você trapaceie em vez de ser honesto. Ele tem prazer em todo tipo de pecado – mesmo que seja pequeno, pois cada pecadinho corrói sua identidade como filho de Deus.

Apresentando o Contexto e o Cenário
Use as informações a seguir para elucidar a história para seus alunos. Explique em suas próprias palavras.
Ao conduzir os alunos através da história de Jacó e Esaú, talvez seja interessante partilhar algumas das perspectivas a seguir.
1. O direito de primogenitura era um símbolo do ato de assumir responsabilidade pelo bem-estar da família. Mas com a responsabilidade vinham os privilégios. Por exemplo, o beneficiário do direito de primogenitura (normalmente o primogênito) desfrutava a posição de líder da família e recebia uma “porção dobrada” da herança (veja Deut. 21:15-17).
Esse direito de primogenitura era obviamente mais importante para Jacó do que para seu irmão. É interessante notar que Esaú não foi o único homem a realizar esse tipo de transação.
Nos anos 20, os arqueologistas descobriram uma tabuleta na cidade iraquiana de Nuzi que falava de uma troca semelhante.
Nesse outro caso, porém, o homem pelo menos recebeu “três ovelhas” em vez de um prato de ensopado!

2. Embora a transferência do direito de primogenitura seja estranha para nosso modo de pensar, Ellen White amplia a ideia da venda da herança e a inclui em outras áreas da vida.
“Multidões estão a vender seu direito de primogenitura pela satisfação sensual. A saúde é sacrificada, as faculdades mentais enfraquecidas, e perdido o Céu; e tudo por um simples prazer temporário – condescendência que debilita e avilta ao mesmo tempo. Assim como Esaú despertou-se para ver a loucura de sua
permuta precipitada quando era demasiado tarde para recuperar sua perda, assim será no dia de Deus para aqueles que houverem trocado sua herança no Céu pela satisfação egoísta.”

3. Jacó e Rebeca fizeram de tudo para enganar Isaque. Esse idoso homem teve todos os seus sentidos iludidos. Sua visão não era confiável. Sentiu os braços peludos e deduziu errado. Sentiu o aroma de terra nas roupas de Jacó e avaliou mal. Ouviu a voz e se enganou.
Provou o ensopado e pensou que sabia o que estava comendo, mas seu paladar também falhou. O engano é do diabo.

4. Pense nas consequências do pecado.
Quem pagou mais caro pela ruína dessa família?
A vida dessa família foi destruída e, consequentemente, cada membro da família sofreu várias horas de solidão por causa da separação, desilusão e vergonha. Rebeca nunca mais veria seu filho favorito novamente. Jacó enfrentaria a vida agora sem um pai, uma mãe e um irmão. Esaú ficaria obcecado com os amargos sentimentos de vingança. E Isaque morreria sabendo que havia sido tapeado e que sua família havia se desmoronado.

Resumo
Apresente os pensamentos a seguir em suas próprias palavras:
Alguns anos atrás, psicólogos conduziram um experimento conhecido como o “teste do doce”. Foi dito a uma criança de quatro anos, sentada a uma mesa onde havia um doce, que o experimentador teria que sair temporariamente. Se a criança conseguisse esperar o experimentador retornar, ela receberia dois doces. Se ela optasse por comê-lo imediatamente, ela poderia – mas não ganharia um outro depois.
O que é mais fascinante nesse estudo é a correlação entre a capacidade de resistir à tentação aos quatro anos de idade e os resultados na vida desses participantes. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Stanford estudou as crianças por vários anos. Veja o relatório final:
“Os que conseguiram esperar aos quatro anos de idade cresceram e se tornaram mais competentes socialmente, mais capazes de lidar com o estresse e menos propensos a desistir sob pressão do que os que não conseguiram esperar. Aqueles que não resistiram
ao doce cresceram e se tornaram mais teimosos e indecisos, mais facilmente abalados pela frustração e mais ressentidos por não conseguirem o suficiente. Ainda mais impressionante foi o fato de que o grupo dos que resistiram ao doce teve uma pontuação muito maior no vestibular do que o grupo que não resistiu!”
Pergunte aos alunos: Esses resultados surpreendem você? Por quê? Como o seu caráter pode ser fortalecido se você adiar a recompensa?
Como isso afeta sua identidade?

Dicas Para um Ensino de Primeira Linha
Nós costumamos aprender melhor quando experimentamos algo. Por exemplo, uma das melhores formas de ensinar a adiar a recompensa é convidando os alunos a experimentá-la.
Uma forma de fazer isso é oferecendo três doces (ou uma nota de dinheiro ou qualquer outro tipo de brinde) para o aluno que quer desfrutar o prêmio imediatamente. Para aqueles que querem esperar até a próxima semana, prometa um prêmio bem maior, como por exemplo uma sacola cheia de doces. O aprendizado experimental evidentemente é maior quando há tempo para refletir e questionar. Nesse caso, pode-se fazer perguntas como estas:
Que fatores você pesou ao tomar essa decisão de pegar o prêmio imediatamente ou esperar?
Como você se sente tendo escolhido esperar por um prêmio maior?
O que você pode aprender com esse exercício que possa dar fundamento para suas decisões em questões como alimentação, exercício, sexualidade, etc.?

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