Lição 12 dos Adolescentes 18 de junho de 2011
História Bíblica: Números 16.
Comentário: Patriarcas e Profetas, capítulo 35.
I. SINOPSE
A história da rebelião de Coré contra Moisés e, por extensão, contra Deus é muito instrutiva para os cristãos hoje. Esse episódio tem todos os elementos de um bom filme: um líder relutante se esforçando para liderar mais de dois milhões de pessoas através de um deserto até a terra prometida; uma multidão mista de seguidores que experimentaram a agonia da privação em relação ao estilo de vida anterior; a cortesia de milagrosas intervenções feitas pelo próprio Deus; uma tendência oculta de inveja por vários líderes civis do grupo, culminando no desafio de Coré. Mas esta não foi nenhuma criação de Hollywood. Ellen White escreve, no capítulo “A Rebelião de Coré” (Patriarcas e Profetas, capítulo 35), que essa rebelião foi simplesmente a culminação de uma longa série de queixas dirigidas a Deus pelos fi lhos de Israel. As sementes da rebelião foram semeadas mediante contínuo descontentamento e constantes críticas com relação a todas as orientações dadas por Deus através de Moisés. Como geralmente detestavam as mensagens de Deus dadas por Moisés e Arão, premeditavam planos para matar os mensageiros, que não mais eram considerados divinamente escolhidos. Em seu desejo de substituir Moisés, Coré contaminou Datã, Abirão e 250 líderes do povo com sua ambição profana. Prometeu posições no serviço do templo que não eram suas para que pudesse dar – e fez tudo isso acreditando firmemente que Deus estava com ele. No que poderia ser descrito como a mais chocante demonstração do poder de Deus, a terra literalmente se abriu, tragando os rebeldes, suas famílias e seus bens. Essa impressionante demonstração deveria ter sido sufi ciente para convencer todo o povo de que Deus estava com Moisés e Arão; porém, enfurecidamente, o povo os atormentou por matarem os homens de Deus. Deus ficou tão zangado com isso que enviou uma praga, a qual matou outras 14.700 pessoas antes que a intercessão de Arão pudesse impedir a mão de Deus. Como acontece frequentemente, o pecado acariciado por um geralmente contamina muitos. Nossa influência é um talento dado por Deus para Sua glória.
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Uma Ponte Para a História
Apresente o texto a seguir em suas próprias palavras: Numa época ou noutra, todos os cristãos e seguidores de Deus tendem a perder de vista Sua orientação providencial, especialmente quando Ele nos repreende ou nos castiga. Esse foi parcialmente o problema de Coré, Datã e Abirão e os 250 príncipes. Eles estavam mantendo um registro corrente de todas as suas provações e contratempos no deserto, chegando a acreditar que seu problema era uma liderança falha, e não seguidores desobedientes. Quando Deus anunciou que somente Josué e Calebe entrariam na terra prometida, porque eram os únicos que haviam confiado que Deus entregaria os habitantes daquela terra em suas mãos, Coré e muitos outros israelitas então se determinaram a fazer oposição a Moisés e Arão (Patriarcas e Profetas, pág. 396).
Apresentando o Contexto e o Cenário
Use as informações a seguir para elucidar a história para seus alunos. Explique em suas próprias palavras. 1. Ellen White destaca o fato de que Coré era primo de Moisés (Patriarcas e Profetas, p. 395). Poucos fatos nessa história são mais controversos do que este. Coré era parente de Moisés, se bem que um tanto distante. À primeira vista, só os laços familiares já deveriam tê-lo feito hesitar em sua trama para depor Moisés e Arão. Sua busca em ser o número um na hierarquia de Israel fez com que ele estivesse disposto a pisar em qualquer um, caso fosse necessário, para ter seu caminho livre. Para Coré, laços familiares não significavam nada. Talvez a melhor forma de expressar isso tenha sido quando Jesus disse: “Os pais vão ficar contra os filhos, e os filhos, contra os pais. As mães vão ficar contra as filhas, e as filhas, contra as mães. As sogras vão ficar contra as noras, e as noras, contra as sogras.” Lucas 12:53, NTLH. O coração não regenerado não reconhece laços familiares. 2. “Corá, filho de Isar, neto de Coate, bisneto de Levi, reuniu Datã e Abirão, filhos de Eliabe, e Om, filho de Pelete, todos da tribo de Rúben, e eles se insurgiram contra Moisés. Com eles estavam duzentos e cinquenta israelistas, líderes bem conhecidos na comunidade e que haviam sido nomeados membros do concílio.” Números 16:1 e 2. É bastante admirável que a rebelião de Coré fosse liderada pelos “melhores e mais brilhantes” líderes que Israel tinha para oferecer. Embora houvesse inquietação entre o povo comum, as pessoas que fomentaram a tomada de controle foram aquelas mais honradas e admiradas na sociedade. É sempre a meta de Satanás desviar os mais dotados e talentosos. Dessa maneira, ele é capaz de exercer sua diabólica influência nas massas que os veneram. Peça aos alunos para dar o nome de algumas pessoas talentosas que são populares e admiradas, mas que também exercem uma má influência. 3. “Junto às tendas de Coré e dos coatitas, do lado sul do tabernáculo, achava-se o acampamento da tribo de Rúben, estando as tendas de Datã e Abirão, dois príncipes desta tribo, próximas da de Coré.” – Patriarcas e Profetas, p. 395. As lições nesta história são tantas que mal se pode passar da primeira página do capítulo de Ellen White sobre a rebelião de Coré. A citação acima defende a ideia de que é perigoso viver em íntima proximidade dos que praticam o mal. Como Datã e Abirão viviam próximos a Coré, frequentemente conversavam com ele, e este despertava seus mais íntimos desejos com relação ao sacerdócio de Arão. Através do sábio escritor dos provérbios, Deus nos aconselha: “A pessoa sensata vê o perigo e se esconde; mas a insensata vai em frente e acaba mal.” Provérbios 22:3, NTLH. 4. Coré era levita. Só esse fato já deve nos fazer dar uma pausa aqui. Aos levitas Deus havia confiado o cuidado do santuário, em especial depois de eles se recusarem a participar na construção e na adoração do bezerro de ouro (Êxodo 32:25-29). Coré tinha uma posição elevada. Ele era descendente de Coate, filho de Levi. Os coatitas eram descendentes dos que deram origem aos sacerdotes e cuidavam do santuário de Israel. Arão era dessa linhagem, e de sua descendência vieram os sacerdotes. Coré fazia parte dos coatitas que cuidavam do santuário. Embora sua posição já fosse elevada, ele anelava mais. Sonhava com a dignidade do sacerdócio. Queria a função de Arão. Esse foi o mesmo espírito que se manifestou em Satanás quando tentou subjugar Deus no Céu, e é o mesmo espírito que torna muitos na igreja insatisfeitos com o lugar que Deus lhes dá (ver Isaías 14:12-14)Resumo Apresente os pensamentos a seguir em suas próprias palavras: Cada um de nós recebemos uma vida para viver aqui na Terra. O que fazemos com nossa vida determinará nosso destino. Coré e sua turma tomaram uma decisão fatal, que lhes custou tudo. Deus havia lhes enviado advertências e censuras, mas nenhum deles prestou atenção. Já haviam aberto a porta para o controle de Satanás. Observe estes comentários feitos por Ellen White: “Por uma condescendência pecaminosa é que os homens dão a Satanás acesso à sua mente, e vão de um grau de impiedade a outro. A rejeição da luz lhes entenebrece a mente e endurece o coração, de modo que lhes é mais fácil dar o passo imediato no pecado, e rejeitar luz ainda mais clara, até que afinal seus hábitos de fazerem mal se tornam fixos. O pecado deixa de lhes parecer pecaminoso.” – Patriarcas e Profetas, p. 404. Deus quer que respeitemos a Ele e aqueles que Ele coloca em posição de autoridade. Os líderes não são perfeitos; eles cometem erros. Quando discordamos deles, devemos primeiramente levar nossas queixas a Deus. Devemos buscar Sua orientação para saber como lidar com o assunto. Nesse aspecto, Mateus 18 é muito útil. Nunca é sábio fazer o papel de Deus, principalmente quando não O consultamos.
Dicas Para um Ensino de Primeira Linha
Em muitas dessas lições, há vários temas que garantem inspiração. Embora seja impossível discutir todas elas por completo ou mesmo pincelar algumas, pode-se introduzir uma atividade que, pelo menos, ajudará os alunos a abrirem a mente para temas que você provavelmente não terá tempo de abordar totalmente na discussão. Nesta lição, por exemplo, devido à geração dos alunos que você está ensinando, deve-se abordar o assunto do poder da influência, tanto negativa como positiva. Para ajudar nessa questão, procure em revistas e na internet (mais rápido) fotos de pessoas influentes. Faça cópias de quatro ou cinco dessas fotos e cole-as num quadro. (Isso também pode ser feito facilmente em Power Point). Dê aos alunos um pedaço de papel e um lápis e, então, peça-lhes para identificar o segredo da atração das massas por essas pessoas. Por que cada uma delas consegue atrair a atenção do povo e por que o povo as segue ou imita? Por fim, pergunte: Qual é o segredo da influência cristã? Como devemos usar essa influência? Lembre os alunos sobre o plano de leitura, em que eles estudarão, na série O Grande Conflito, o comentário inspirado da Bíblia. A leitura
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