Lição 12 dos Adolescentes 17 de setembro de 2011
História Bíblica: Levítico 23; 27:30-33; Ageu 1:2-11. Comentário: Patriarcas e Profetas, capítulos 50, 51, 52.
PREPARANDO-SE PARA ENSINAR
I. SINOPSE
Esta lição está baseada em três capítulos curtos de Patriarcas e Profetas. Cada capítulo proporciona aos alunos uma perspectiva útil sobre o abrangente tema da mordomia. O primeiro capítulo, “Dízimos e Ofertas”, enfatiza a importância de dar para a obra de Deus. Através de nossas dádivas a Deus reconhecemos que somos administradores dos recursos divinos. Como Ellen White salienta: “O sistema dos dízimos e ofertas destinava-se a impressionar a mente dos homens com uma grande verdade – verdade de que Deus é a fonte de toda bênção a Suas criaturas, e de que a Ele é devida a gratidão do homem pelas boas dádivas de Sua providência.” – Patriarcas e Profetas, p. 525. Ao ensinar esse assunto, a ênfase deve estar na dádiva como uma resposta ao que Deus nos deu através de Seu Filho; além do mais, de qualquer maneira todos os nossos recursos pertencem mesmo a Ele. O segundo capítulo, “O Cuidado de Deus Para com os Pobres”, oferece um comovente quadro de compaixão. Aqui vemos o sentimento do Pai: “É Seu intuito [de Deus] que aqueles que têm haveres terrestres se considerem simplesmente como mordomos de Seus bens, estando-lhes confiados os meios a serem empregados para o benefício dos sofredores e necessitados. “Cristo disse que teremos os pobres sempre conosco; e Ele une Seu interesse com o de Seu povo sofredor. O coração de nosso Redentor compadece-se dos mais pobres e humildes de Seus filhos terrestres.” – Patriarcas e Profetas, p. 535. O último capítulo, “As Festas Anuais”, apresenta símbolos através dos quais podemos compreender e ensinar conceitos tais como pecado, graça e salvação. Como Samuele Bacchiocchi salienta: “Até mesmo uma leitura casual da Bíblia revela que Deus tem transmitido Seu conhecimento redentor não apenas através de raciocínio abstrato, mas também através de representações simbólicas. A razão é que a mente humana capta as representações simbólicas mais facilmente do que o raciocínio abstrato.”
II. ENSINANDO A HISTÓRIA
Uma Ponte Para a História
Apresente o texto a seguir em suas próprias palavras: David Green refere-se ao que Ellen White chama de “uma notável ilustração... nos dias do profeta Ageu” dos resultados da retenção egoísta, mesmo das ofertas voluntárias, para não serem usadas na causa de Deus. Nossas necessidades menores são satisfeitas mas à custa de nossas necessidades maiores. Deus adverte Seu povo: “Vejam aonde os seus caminhos os levaram. Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada.” Ageu 1:5 e 6. Pergunte aos alunos como as observações de David Green são semelhantes às observações de Deus. Depois peça-lhes para fazerem uma lista de nossas “necessidades menores” e de nossas “necessidades maiores”.
Aplicando a História (Para Professores)
Depois que lerem juntos a seção Estudando a História, use as seguintes perguntas para gerar um debate. Recapitule as principais passagens da Bíblia que ensinam sobre o dízimo (Levítico 27:30-32; Números 18:21-28; Deuteronômio 12:6-17; 14:22-28; 26:1 e 12; 2 Crônicas 31:5-12; Malaquias 3:8-10, etc.). Em seguida, dê um envelope de dízimo para cada aluno e explique a diferença entre o dinheiro destinado para o “orçamento da igreja”, “Associação”, e “dízimo”. Muitos jovens pensam que se eles doarem o dízimo ajudarão a apoiar o ministério da igreja local. Embora parte do dízimo no sistema Adventista do Sétimo Dia seja devolvido à igreja local na forma do pagamento do salário do pastor, o dízimo não mantém os ministérios da igreja e da escola locais. Todas essas despesas são cobertas com os donativos designados como “orçamento da igreja”. Ajude os jovens a compreenderem como os dízimos são usados na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Embora as porcentagens possam variar, dos 100% dos dízimos que as igrejas locais enviam para a Associação, aproximadamente 76% do dízimo permanece na Associação local para cobrir os salários dos empregados e outros programas da Associação; 9% são investidos em pagar os benefícios dos aposentados; 9% são enviados para o escritório da União e Divisão; e 6% são destinados pela Associação Geral às organizações do mundo inteiro. Para maiores detalhes, consulte o envelope de dízimo de sua igreja. Embora dizimar seja o foco principal desta lição, há várias outras direções que você pode optar seguir. Por exemplo, você poderia se centralizar nos festivais, dividindo a classe em três grupos e pedir-lhes que estudem as seguintes festas e depois relatem para o restante da classe no que consistia a festa e por que os israelitas a celebravam. Grupo 1: A Páscoa ou a Festa dos Pães sem Fermento (Êxodo 12:39; Deuteronômio 16:3; Levítico 23:6-8); Grupo 2: Pentecoste ou Festa da Colheita (Êxodo 23:14-16); Grupo 3: A Festa dos Tabernáculos ou Festa das Barracas (Deuteronômio 16:13-16; Levítico 23:34; e a Festa da Colheita – ver Êxodo 23:16; 34:22). Outra direção que você pode tomar nesta lição é enfocar a questão do jogo. Encontre uma história de recuperação de um viciado em jogo e apresente-a para a classe. Dê bastante tempo para os alunos refletirem e reagirem à história. Uma área final que você pode desejar enfatizar nesta lição é a de dar. Envolva os alunos num exercício interativo que mostre a alegria que sentimos ao dar.
Apresentando o Contexto e o Cenário
Enquanto conduz os alunos no estudo desta lição, você pode achar interessante apresentar alguns dos seguintes vislumbres: 1. Há cerca de 2.300 referências ao dinheiro e bens na Bíblia. Em contraste, há 500 referências na Bíblia à oração. Quase um quarto de tudo o que Jesus ensinou em Seu Sermão do Monte tinha algo que ver com dinheiro e bens. Das 38 parábolas que Jesus contou nos Evangelhos, 16 dizem respeito a como devemos administrar nosso dinheiro. Jesus falou mais sobre dinheiro e bens do que sobre o Céu e o inferno juntos. Um de cada 10 versos (288 versos sobre dinheiro nos quatro Evangelhos!) nos Evangelhos dizem respeito ao dinheiro e bens. Sem dúvida, Deus Se importa bastante com a maneira como administramos todas as coisas. Peça que os alunos relembrem algumas das histórias que Jesus contou sobre dinheiro. Eis algumas que você pode mencionar: a parábola do rico insensato, Lucas 12:13-21; a história do jovem rico, Marcos 10:17-31; a parábola dos talentos, Mateus 25:14-30; etc. Dê tempo para que os alunos discutam a questão. 2. Michael Morrison explica: “O Antigo Testamento nos mostra que o tema mais comum nos festivais anuais é o Êxodo. Esse foi o evento decisivo na história da nação, o tempo em que os israelitas se tornaram uma nação sob o governo de Deus. Mas se um israelita antigo olhasse para os festivais anuais, bem como para as regras sobre a limpeza, as ofertas e vários outros rituais, seria difícil enxergar um tema unificado.” — Citado em http//www.wcg.org/lit/law/festivals/ festivalspic.htm. Peça que os alunos identifiquem o tema do Êxodo nas seguintes festas: a Páscoa, a Festa da Colheita e a Festa dos Tabernáculos. 3. Pesquisa do Centro Internacional para a Juventude conclui que a popularidade dos jogos de azar está aumentando tanto entre crianças como entre adolescentes, tanto na forma legal como ilegal. O Centro diz que uma porcentagem alarmantemente alta de crianças e adolescentes no mundo inteiro tem se envolvido em atividades de jogos de azar. Vários estudos estimam que de 4 a 8 por cento dos adolescentes têm um sério problema com jogos. Perguntas para facilitar o debate: Por que você acha que muitos adolescentes se tornam viciados em jogos de azar?
Como você explicaria o aumento da popularidade dos jogos de azar na internet? Qual é a melhor maneira de ajudar um amigo viciado em jogo? O que a Bíblia ensina sobre jogos de azar? Escreva seu próprio provérbio que fale sobre a tolice de jogar; depois partilhe-o com o restante da classe.
Resumo
Como mencionado acima, esta lição pode ter diferentes abordagens. Quer você enfatize a mordomia, as festas, o dízimo, o cuidado pelos pobres, o ato de dar, ou jogos de azar, o tema central da lição será a questão de a quem pertence tudo. O ponto mais importante neste estudo é desafiar os alunos a reconhecerem a autoridade e o lugar que Jesus Cristo deve ocupar na vida deles. Reconhecer quem domina nossa vida determina a maneira que gastamos o dinheiro. Por exemplo, se Deus é o Senhor das nossas finanças, elas serão usadas para honrá-Lo. Isso inclui devolver fielmente o dízimo, ajudar os pobres, manter-se afastado de jogos prejudiciais, e assim por diante.De maneira similar, os festivais foram estabelecidos para que o povo de Deus se lembrasse regularmente do domínio de Deus em sua vida. Essas festas eram praticadas para que o povo escolhido de Deus fosse lembrado da fidelidade de Deus no passado. Lembrar- se da provisão divina no passado fortalece a fé para continuar a se submeter ao Seu domínio no futuro. Seja qual for o aspecto da lição que você escolher enfatizar, trate do abrangente tema sobre quem domina sua vida. Se Cristo é o Senhor (e Ele é), então precisa ser o Senhor de tudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário